segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sentido


Percorro calmamente as escadas do meu palácio,
sem poder desfrutar de um passeio com um príncipe.
Prossigo com a caminhada até ao jardim, onde meu corpo assento.
Sem tempo perder, logo iniciei a leitura do jornal.
Não sou muito dada a isso, porém agora não consigo resistir a tal tentação literária.
Não foi preciso muito para me fartar da leitura e fechei o jornal conjuntamente com os meus olhos.
Utilizei toda a minha audição, para escutar a melodiosa música que a natureza insiste em me proporcionar.
Instantes depois estava já eu hipnotizada com tal harmonia, que até o meu sentido olfactivo não pode faltar.
Por momentos, por meros e preciosos segundos, eu pode presenciar do teu cheiro,
e acreditar que tu realmente lá estavas.
Quis abrir os olhos para ver se era real o meu pressentimento,
mas detinha o medo de ser um sonho e quando acordasse toda a fantasia se fosse embora.
Abri-os, e tu não lá estava nem mesmo o teu perfume.
Pobre meu coração angustiado chorou e pelo teu nome proclamou.
Eu sei, tu não vens e não virás, de qualquer forma com todos os meus sentidos vou continuar a amar-te.

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