segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Amar depois de amar-me

Admito timidamente que nunca tive  amor próprio e que a minha contagiante felicidade
era a que os outros me reflectiam, simplesmente porque não dava valor a isso.
De qualquer forma, praticava actividades e planos que eram do meu agrado porém
fazia-o com pouco á-vontade. E assim os outros julgavam que estava feliz e sem
problemas, já que tinha sempre o sorriso no rosto (apesar de falso.)
As minhas lágrimas? Só eu as via, pois o tal sorriso estava lá sempre,
mesmo quando o meu coração aclamava por socorro inundado de gotas.
Eu não ditava essas situações com ninguém ou quase ninguém.
Nem sentia necessidade disso, talvez porque não pensava em cuidar de mim.
Eu vivia para as outras, somente para os outros. Eu vivia para os ver felizes.
Como poderia amar alguém, se não me amava?!
Pois tal, não era possível. Só cheguei a esta conclusão muito recentemente.
Desde então, a escrita têm sido a minha melhor amiga, a minha maior confidente
e a minha melhor ouvinte.
O papel não comunicava comigo mas só o facto de eu comunicar com ele,
de livre e espontânea vontade, bastava-me.
Os problemas, esses além de serem clarificados no papel também começaram
a ser feito através de amigas em que confiava e as quais sabia
que me dariam as melhores dicas para os resolver.
Tudo o que mais me dava gozo fazer passou a ser feito ao máximo e no máximo.
Obtive uma alegria própria que passou a contagiar os que me rodeavam,
o que os tornava felizes sem eu dar a entender de tal.
Agora estou pronta para amar outra vez mas de momento é de verdade.
Amo-te agora que eu me amo.







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