*Proposta (dada numa aula de Língua Portuguesa):
Escolher uma personagem do nosso tempo que evidencie comportamentos semelhantes aos das personagens de Gil Vicente (na obra Auto da Barca do Inferno).*
A obra de Gil Vicente é uma forma de criticar a sociedade do seu tempo, que se assemelha um pouco também à de hoje, utilizando o cómico de linguagem, carácter e situação. Esta obra, devo salientar, é uma em que as suas personagens são personagens tipo, ou seja, representam um grupo profissional ou classe social.
Uma delas é o Fidalgo de quem vou passar a falar. Ele têm caraterísticas semelhantes às de pessoas dos dias de hoje com cargos elevados e muito dinheiro.
Elas pensam que por causa disso podem passar "à frente" dos outros, que por terem tamanho poder devem receber mais privilégios e que são mais importantes e superiores.
Já não lhes chega terem muito poder económico, procuram ainda estar em vantagem também a nível social. Pura Ganância. Quanto mais têm, mais querem. O desprezo pelos mais pobres é evidente nestas pessoas, apesar de hoje em dia ser com menos frieza. Estes em vez de serem solidários, e parte do dinheiro que não necessita obrigatoriamente para sobreviver, o utilizassem com intenção de ajudar os mais desfavorecidos, usem-no somente para o seu próprio beneficio e para levar uma vida de prazeres e luxúria.
Ainda podemos observar na nossa sociedade situações em que o apelido e as suas origens falam mais alto. Por exemplo às vezes em caso de escolha para um determinado lugar para um posto de trabalho, preferem escolher pessoas de uma família importante do que com mais estudos e experiência. Sendo de uma família importante, têm direito a um tratamento especial. Há, ainda situações em que pessoas se casam por interesse, por o outro ter maior importância a nível social ou mais dinheiro.
Existem muito mais factos semelhantes aos anteriormente referidos que mostram comportamentos parecidos aos do Fidalgo na obra de Gil Vicente, pois todos os factores que eu mencionei também estão apresentados nele.
Na minha opinião a sociedade pouco mudou nestes 500 anos e não vejo possibilidade de no futuro alguma vez mudar.
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