domingo, 9 de março de 2014

Derrotismo



E por isso choro tanto, tanto. Tanto desnecessariamente.
Lá por o céu estar a escurecer não significa que vá chover, mas eu já por uma tempestade estou a prognosticar. E a tempestade começa, bem dentro do meu peito. Os gritos soam ruidosos no meu oco coração, uma cheia alcança os vazios vizinhos, o sol seca-se, o vento arrasta toda a esperança, o escuro abraça-me, o fogo arde e queima-me, os mortos nascem, eu morro e o meu mundo acaba. O silêncio entra. Caminho em busca de alguém, nem a mim me encontro, procuro por algum sentido, apenas a dor assenta. Não há nada mais a não ser escuridão, vazio e silêncio. Onde foi tudo? Toda uma vida?


Nos meus sonhos, tudo isso me deixou.

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