domingo, 4 de maio de 2014

Para ti... minha musa



Pensei em ti e julguei que estava sem palavras. No entanto enganei-me redondamente. Quando as palavras para dizer são tantas, quando os sentimentos incluídos são ainda mais infinitos e para dificultar, tanto custa começar. Não sei que palavras escolho para te dizer primeiro, mas tenho certo que o fim desta declaração não será mais do que isso. Porque se quiseres, eu tenho muito mais para mostrar. Este pequeno conjunto de palavras será muito diferente de qualquer outro em que me tenha mostrado, neste me entregarei de corpo e alma, darei o meu melhor e mais, se poder. Não estou a falar a nível da correção do português ou da beleza das palavras que uso mas sim da veracidade do conteúdo e na minha devoção. Apesar de que estou a publicar este pequeno carinho no meu blogue e não posso desiludir os meus seguidores e necessito de algum cuidado. 
Mas isto é para ti, todo o texto tem a sua atenção em ti. E portanto, pretendo mostrar-te o quão importante és para mim, o quanto necessito de ti e da nossa felicidade, e que estou disposta a tudo o que for preciso para nos salvar. Talvez este mimo não terá o mesmo impacto dos outros textos, sem contar com os tantos que apenas pensei. Como por exemplo, mesmo no primeiro em que te chamei de vírus, vírus tal que todos adorariam de apanhar. Ou então no seguinte e um dos mais marcantes, aquele em que te chamei de batoteiro e tu até ficaste ofendido, mas o termo foi usado na perfeição perante o contexto, eu sentir-me-ia honrada. Não há melhor forma de roubar um coração de alguém do que da maneira que fizeste: com amor. E foi com essas palavras doces com que declarei teu o meu coração de chocolate. De seguida usei o meu humor para contar a história do meu preguiçoso preferido, mas agora intendi que na verdade as coisas não são tão lineares e simples assim, mas que o rumo poderá ser o mesmo, se assim o desejares. Nos que seguiram o que fiz foi apresentar-te o ser frágil e humano que sou, acompanhado com a necessidade de te ter, ou seja nada realmente digno perante o amor que me oferecias. Desculpa, eu poderia fazer melhor. Mas algo no meu íntimo necessitava de falar, de dizer tudo, porque não aguentava mais estar calado...
Até que começou a chover de verdade. Nos últimos dias algo mudou, não estou a falar apenas do aparecimento do sol de primavera nos céus que contrasta com as gotas que pendiam abundantes nos meus olhos entretanto. Estou a falar em ti. Lembro-me quando bem antes do início, sentia os teus olhos o tempo todo nas minhas costas e eu que fazia tamanho esforço para os meus não caírem nos teus, mas era inevitável. Eu em tempos escrevi textos sobre olhos e olhares que tanto me encantavam, e quando os reli hoje, percebi que afinal na altura não percebia nada do que falava. Hoje, conheço uns olhos que me ensinaram uma importante missão: falar com o olhar. É desnecessário dizer-te que são dos teus olhos que estou a mencionar e que eles são os mais belos espelhos da alma que alguma vez vi, aliás é uma das coisas que mais aprecio em ti. Daí todo o meu sofrimento, nestes tempos não me olhas mais durante sempre e quando o fazes não é da mesma forma carinhosa, do mesmo jeito apaixonado mas com um olhar perdido no qual nada conseguia ler, nem mesmo o meu nome. Entrei em pânico, não sabia bem o que fazer pois tal antes nunca tinha acontecido. Então tentei apelar pela tua voz e depois pelas tuas letras mas também estas eram mudas, vazias e muito baças. Eram demasiadas lanças para um coração tão frágil. Então não tardei a chorar, por vários dias... Como vês, não foi preciso me teres dito o que se passava, o simples silêncio conseguiu matar-me. Dizer-me não melhorou as coisas, mas esclareceu-as, ou melhor, mais ou menos. Tu sabes bem como a minha mente pode funcionar, e no que durante esse tempo o que eu poderia estar a imaginar. Mas a tua sentença, ou contrário do que eu pensava também não colocou tudo como eu esperava. As coisas não ficaram tão bem como estiveram em tempos, como eu tanto desejava e ainda desejo. Estou errada? Há ainda certa estranheza no ar, que as pontas andam a queimar-me. Eu só queria que estivesse tudo bem, de verdade. Queria que me amasses como dantes, ou mais se possível, sinto saudades da forma como me olhavas, mas ainda da maneira como me tratavas e cuidavas de mim e da maneira genuína em que nos éramos um para o outro. Possivelmente já nada que eu faça ou diga, tem tido tanto alarido como teve em tempos, nada tem sido fascinantemente bom o suficiente, para sei lá, chegares a comentar com os teus amigos. Acredito que agora nem se quer falas de mim. Estou mais uma vez errada? Só quero que saibas que ainda sou a mesma pessoa pela qual te apaixonaste um dia, mais cansada, mas a mesma. Continuo às vezes a dizer as mesmas asneiras que te fazem rir, muitas vezes ainda estou meia "cega", ainda sou a mesma "trenga".
Quero que vejas que eu também me lembro de tudo, como já deves ter reparado, lembro-me mais do que é normal para a minha capacidade mental. Isto não é por acaso, eu decidi fazer os possíveis e os impossíveis para não me esquecer de nada que tivesse a ver com nós os dois, desde que me apercebi que estava irremediavelmente apaixonada por ti. Recordo-me por exemplo da minha descrição quando uma joaninha disse que nós éramos namorados, quando na verdade não éramos e eu fiquei, digamos, coradinha como uma verdadeira idiota. Ou então, antes disso quando me enervava imenso o facto de nunca me teres pronunciado uma palavra, enquanto já me tinhas escrito umas centenas delas, e lembro-me bem quando e o que foram escritas, exatamente antes do 17° aniversário. Repara na relevância que tinhas em mim já na altura. Em falar em aniversário, recordo ainda do primeiro a que presenteamos os dois, no qual no caminho para casa eu não conseguia pensar noutra coisa a não ser em ti e não me contive e mandei-te uma mensagem. Não me esqueci também do dragão, que foi tão mágico como o nome, e menos ainda de outro momento mágico que ocorreu precisamente cinco dias depois. E Lisboa! Bem, uma cidade que me leva a imensos momentos, dos quais nem sei qual teve maior relevo, mas ao mesmo tempo tão poucos, eu só queria que não acaba-se.  Tenho de recordar também que antes de sermos namorados, antes de seres o meu melhor amigo, nós não éramos como o que se espera: amigos, mas sim parceiros de sueca. É, acho que nunca fomos amigos na verdade, sempre foi algo difícil de nomear. Fico tão sentida quando reparo que estragamos o nosso nome do nosso primeiro estágio de vida juntos, era algo que desejo tanto remendar. Se calhar, seria por aí que deveríamos começar agora: remendar as pequenas feridas que deixamos passar.
Sim, porque eu também me lembro dos maus momentos. Por exemplo, antes do início propriamente dito quando eu julgava que irias por causa de mim, e acabaste por trair a minha esperança. Não éramos mais do que parceiros da sueca na altura, eu sei, mas não me eras tão insignificante assim. Fiquei realmente desapontada na altura. Ou então, falando de pesadelos mais recentes... Eu nunca esperei que fosses alguma vez deixar-me estar mal sem me consolares, mas sabes uma coisa? Eu já te tinha perdoado mesmo antes de te teres levantado.
E bem, já me desviei da conversa...
Agora, tendo em quanto a promessa que fizemos no dia crítico, queria falar-te das minhas preocupações. Se já antes de tudo isto, eu já temia cometer um erro tão grande que te fizesse deixar-me. Imagina o quão insegura estou agora, sendo que nem bem ainda estamos. Mentira? (Estou tão curiosa por saber o que te fez ou quem te fez não me largar esse dia, e por saber tudo o que se desenrolou na tua cabeça também. Poderias contar-me?) Eu não sei mesmo o que fazer, a minha maior vontade é correr para os teus braços e me derreter no teu abraço e me esquecer nos teus beijos e nunca mais te largar enquanto abandonava toda a dor. No entanto eu não sei se é isso que queres, visto que me dizes que te sentes preso. Só preciso que me esclareças como pretendes que eu aja perante ti e tudo ficará bem. O que tenho feito por agora foi esperar por um passo teu para segui-lo, nada mais, o medo da asneira é tanto... E eu apenas quero saber como falar e agir.
 Gostava tanto de poder-me focar em outras coisas se não nos nossos problemas, como por exemplo a simplicidade e unidade do teu sorriso. Eu poderia procurar em todo o mundo e não conseguiria encontrar riso tão único e vibrante como o teu, é uma simples doçura. Prezava ter a minha atenção na tua maneira de falar, nas palavras tão próprias que escolhes dizer, sempre tão certas, e como se tornam belas ao sair da tua boca: como os teus lábios as acariciam, e como os teus dentes as brilham. Um requinte de pormenor. Tuas palavras são como arrepios, aos quais não se comparam aos dos causados pelo teu suave toque do qual tanto preciso. Mas existe necessidades maiores: pertencer-te e que precises de mim tanto quanto eu de ti. Tudo em ti é um vício que desejo não larga-lo, desde da tua voz ao teu cheiro, desde a tua inteligência à tua malandrice. Tuas vitórias valem mais do que milhentas minhas, e eu estou tão orgulhosa de ti, sempre. Falo de ti com tanto alegria, paixão e orgulho, és sem dúvida o meu predileto assunto de conversa. Agora que tanto me habituei a viver contigo, por ti, com estes pormenores, difícil seria perder tudo isso. 
Durar para sempre, não é o meu único pedido, apreciava tanto que a nossa relação nunca caísse na rotina. Que cada dia tivéssemos uma razão diferente para sorrir ou para nos amarmos. Que cada dia fosse um novo dia, uma linda caixinha de surpresas.
Há tanto por onde poderia pegar ainda, espero ter mais oportunidades para o fazer.
Antes de acabar vou citar um excerto do livro que te falei que ando a ler. “Estou apaixonado por ti e não me quero negar ao simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por ti, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por ti”
Eu amo-te tanto.

Da sempre tua.

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