Lia: Desculpa...
Tudo aquilo ainda pesava tanto no meu peito. Foi como se este caísse tragicamente ao chão e se partisse em milhões de pedacinhos. O meu corpo? Nem o sentia. Estava irremediavelmente paralisada. E a minha cabeça andava a 200 km/h. Fora tudo tão inesperado, e as memórias vieram num turbilhão, deixando-me completamente
Tudo aquilo ainda pesava tanto no meu peito. Foi como se este caísse tragicamente ao chão e se partisse em milhões de pedacinhos. O meu corpo? Nem o sentia. Estava irremediavelmente paralisada. E a minha cabeça andava a 200 km/h. Fora tudo tão inesperado, e as memórias vieram num turbilhão, deixando-me completamente
de rasto e com as emoções à flor da pele.
Lia: Desculpa... por não.. por não ter sido tão inteligente como esperavas. Eu... devia de ter sabido mais cedo que...
As palavras na minha mente custavam a rolar. Como pedras pesadas que engordam com o passar de cada segundo. Todas as palavras têm um sabor diferente e a vida leva-nos a provar cada uma delas.
Abri o armário junto ao frigorífico e retirei uma barra de chocolate preto, o meu predilecto para situações de maior aperto. Cheirei o antes de dar a primeira trinca. E comecei a imaginá-lo a entrar maliciosamente pela a minha boca, a derreter-se deixando rasto do seu sabor amargo, a escorregar delicadamente pela minha garganta e a causar um tremendo arrepio no meu corpo. Suspirei. Agora sim, tudo em mim começava a funcionar direito. Sentia-me como um robô enferrujado que acabara de ser banhado em óleo. Dei mais uma trinca e... ohhhh... que pecado! :$
Lia: Ou se calhar tinhas razão, este seria o momento certo.
O remédio agridoce começara a fazer efeito. A minha mente estava em banho maria e as ideias já fervilhavam... Muito obrigada, chocolate, por não me fazeres sentir tão irrelevante.
Lia: Madrinha... ahhhh... Para dizer a verdade... ahhh... hummmm... a sua partida não me custou n-a-d... ou melhor, custou-me aos poucos. Ninguém mo disse, eu é que com o tempo entendi que nunca mais te... iria ver, ouvir ou sentir.
Comi o último quadrado de chocolate. Sentia raiva. Raiva, pela traição dos meus pais. Eles deviam ter confiado em mim. Deviam ter me dito. Mas não o fizeram. Bati compulsivamente com os punhos na mesa da cozinha. Mas eu... bem, eu compreendo. Não é nada fácil falar sobre algo que tanto nos corroí tanto o coração.
Lia: E os meus sonhos, madrinha? Ahhh... Achas que devia...?
Algo me dizia " Lia, minha querida, está na altura de procurares a tua 1º peça do tesouro". Seria a minha madrinha? Seja como for, o destino fez com que este fosse o dia em que iria reencontrar o rádio e ouvir a cassete, talvez ele também queria que este seja o dia que comece a revolucionar a minha vida. Bem, seja o que Deus quiser...
"O material necessário já está preparado tal como eu,
só falta mesmo colocar a mala sobre os meus ombros para iniciar a aventura.
Aqui vou eu, à caça da minha felicidade." murmurei com entusiasmo.
Levei o rádio para o meu quarto e liguei-o para escutar a sua melodia enquanto me preparava para sair. Vesti: (http://www.zara.com/ webapp/wcs/stores/servlet/ product/pt/pt/zara-W2012/ 269256/960556/ VESTIDO%20MALHA%20ROMA%20MA NGA%20FOLHOS)
Abri a porta e fui ter com a minha avó que estava no jardim a regar umas plantas. Olhei o céu, e reparei que tinha poucas nuvens e os raios de sol começavam a bater mais intensamente. Finalmente, a Primavera tinha começado a imigrar. Isto era também obra do destino? Seria este o sinal de um inicio de algo muito bom? Espero bem que sim.
Lia: Avó, Avó! Podemos comprar chocolate, podemos?
Está na altura de comprar mais chocolate, já engoli o pouco que restava. Ohhh... ele faz mesmo maravilhas.
Lia: Desculpa... por não.. por não ter sido tão inteligente como esperavas. Eu... devia de ter sabido mais cedo que...
As palavras na minha mente custavam a rolar. Como pedras pesadas que engordam com o passar de cada segundo. Todas as palavras têm um sabor diferente e a vida leva-nos a provar cada uma delas.
Abri o armário junto ao frigorífico e retirei uma barra de chocolate preto, o meu predilecto para situações de maior aperto. Cheirei o antes de dar a primeira trinca. E comecei a imaginá-lo a entrar maliciosamente pela a minha boca, a derreter-se deixando rasto do seu sabor amargo, a escorregar delicadamente pela minha garganta e a causar um tremendo arrepio no meu corpo. Suspirei. Agora sim, tudo em mim começava a funcionar direito. Sentia-me como um robô enferrujado que acabara de ser banhado em óleo. Dei mais uma trinca e... ohhhh... que pecado! :$
Lia: Ou se calhar tinhas razão, este seria o momento certo.
O remédio agridoce começara a fazer efeito. A minha mente estava em banho maria e as ideias já fervilhavam... Muito obrigada, chocolate, por não me fazeres sentir tão irrelevante.
Lia: Madrinha... ahhhh... Para dizer a verdade... ahhh... hummmm... a sua partida não me custou n-a-d... ou melhor, custou-me aos poucos. Ninguém mo disse, eu é que com o tempo entendi que nunca mais te... iria ver, ouvir ou sentir.
Comi o último quadrado de chocolate. Sentia raiva. Raiva, pela traição dos meus pais. Eles deviam ter confiado em mim. Deviam ter me dito. Mas não o fizeram. Bati compulsivamente com os punhos na mesa da cozinha. Mas eu... bem, eu compreendo. Não é nada fácil falar sobre algo que tanto nos corroí tanto o coração.
Lia: E os meus sonhos, madrinha? Ahhh... Achas que devia...?
Algo me dizia " Lia, minha querida, está na altura de procurares a tua 1º peça do tesouro". Seria a minha madrinha? Seja como for, o destino fez com que este fosse o dia em que iria reencontrar o rádio e ouvir a cassete, talvez ele também queria que este seja o dia que comece a revolucionar a minha vida. Bem, seja o que Deus quiser...
"O material necessário já está preparado tal como eu,
só falta mesmo colocar a mala sobre os meus ombros para iniciar a aventura.
Aqui vou eu, à caça da minha felicidade." murmurei com entusiasmo.
Levei o rádio para o meu quarto e liguei-o para escutar a sua melodia enquanto me preparava para sair. Vesti: (http://www.zara.com/
Abri a porta e fui ter com a minha avó que estava no jardim a regar umas plantas. Olhei o céu, e reparei que tinha poucas nuvens e os raios de sol começavam a bater mais intensamente. Finalmente, a Primavera tinha começado a imigrar. Isto era também obra do destino? Seria este o sinal de um inicio de algo muito bom? Espero bem que sim.
Lia: Avó, Avó! Podemos comprar chocolate, podemos?
Está na altura de comprar mais chocolate, já engoli o pouco que restava. Ohhh... ele faz mesmo maravilhas.
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